17 de outubro de 2014

A Misteriosa Cidade de Teotihuacan, México


Teotihuacan ou Teotihuacán, foi um centro urbano da Mesoamérica pré-colombiana localizada na Bacia do México, 48 quilômetros a nordeste da atual Cidade do México, e que hoje é conhecida como o local de muitas das pirâmides mesoamericanas mais arquitetonicamente significativas construídas na América pré-colombiana. Além dos edifícios piramidais, Teotihuacan também é antropologicamente significativa por seus complexos residenciais multi-familiares, pela Avenida dos Mortos e por seus vibrantes murais que foram excepcionalmente bem preservados. Além disso, Teotihuacan exportou um chamado estilo de cerâmica e ferramentas de obsidiana finas que conquistaram grande prestígio e utilização generalizada em toda a Mesoamérica.



Acredita-se que cidade tenha sido estabelecida em torno de 100 a.C., sendo que os principais monumentos foram construídos continuamente até cerca de 250 d.C. A cidade pode ter durado até algum momento entre os séculos VII e VIII, mas seus principais monumentos foram saqueados e sistematicamente queimados por volta de 550 d.C. No seu apogeu, talvez na primeira metade do primeiro milênio d.C., a cidade Teotihuacan foi a maior cidade da América pré-colombiana, com uma população de mais de 125 mil pessoas, tornando-se, no mínimo, a sexta maior cidade do mundo naquela época. Teotihuacan começou como um novo centro religioso nas terras altas mexicanas em torno do primeiro século d.C. Esta cidade passou a ser o maior e mais populoso centro no Novo Mundo e era ainda o lar de complexos de moradias o construídas para acomodar esta grande população. A civilização e cultura associadas ao sítio arqueológico da cidade também são referidas como Teotihuacan ou teotihuacana.

Vista aérea da cidade, com a Pirâmide do Sol em destaque e a Pirâmide da Lua ao fundo.

Apesar de ser um tema em debate se Teotihuacan era o centro de um império ou Estado, a sua influência em toda a Mesoamérica é bastante documentada; a evidência da presença teotihuacana pode ser visto em vários locais em Veracruz e na região maia. Os astecas podem ter sido influenciados por esta cidade. A etnia dos habitantes de Teotihuacan é também um tema em debate. Possíveis candidatos são os grupos étnicos náuatles, otomis ou totonacas. Os estudiosos também sugeriram que Teotihuacan era um Estado multiétnico.


Historiadores concluíram que os fundadores desta civilização faziam parte de um povo do qual não se tem qualquer conhecimento. Estão certos de que não foram nem os olmecas nem os toltecas. Sabe-se, a partir dos dados obtidos a partir de escavações, que o mais antigo de Teotihuacan é anterior à cultura Tolteca. Aquela civilização organizava a sua religião por confrarias. Nos primeiros séculos da nossa era, Teotihuacan passou a ser um estado imperialista que se expandiu grandemente para lá das suas fronteiras. Durante o seu apogeu influenciou muito povos vizinhos e inspirou outras culturas tendo ainda legado conhecimentos científicos e culturais às sociedades posteriores. Por esta razão, é frequente encontrar por todo o território mexicano rastros e evidências desta cultura.


A cidade e o sítio arqueológico estão localizado no que hoje é o município de San Juan Teotihuacán, no estado do México, a cerca de 40 quilômetros a nordeste da Cidade do México. O local abrange uma área total de 83 quilômetros quadrados e foi designado como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1987. As ruínas da cidade são o sítio arqueológico mais visitado do México.


A Lenda

Foi também o padre Sahagún quem nos deu a conhecer a bonita lenda que nos fala da criação do Sol e da Lua, os deuses a quem foram dedicadas as duas magníficas pirâmides. A lenda reza assim:

Antes que existisse dia, os deuses reuniram-se em Teotihuacan e disseram, "Quem iluminará o mundo?". Um deus rico (Tecciztecatl) disse "Eu me encarregarei de iluminar o mundo". "Quem será o outro?", e como ninguém respondia, nomearam um outro deus pobre e sarnento (Nanahuatzin).  
Depois da nomeação, os dois começaram a fazer penitência e a rezar. O deus rico ofereceu penas valiosas de uma ave chamada quetzal, pepitas de ouro, pedras preciosas, coral e incenso de copal. O deus sarnento por seu lado, oferecia canas verdes, bolas de feno, espinhos de maguei cobertos com o seu sangue e no lugar de incenso oferecia as crostas das suas pústulas. À meia-noite terminou a penitência e começaram os rituais. Os deuses ofereceram ao deus rico bela plumagem e um casaco de linho enquanto que ao deus pobre era oferecida uma estola de papel. Depois, junto ao fogo, ordenaram ao deus rico que se atirara a ele. Este teve medo e recuou. Voltou a tentar e mais uma vez recuou, isto por quatro vezes. Chegou então a vez de Nanahuatzin, que fechou os olhos e se atirou ao fogo sendo consumido por este.  
Quando o deus rico viu isto, imitou-o. De seguida entrou no fogo uma águia, que também se queimou (e é por isso que as águias têm as penas foscas, de cor morena muito escura); de seguida entrou um jaguar que se chamuscou e ficou manchado de branco e negro. Então os deuses sentaram-se à espera para ver de onde sairia Nanahuatzin; olhando para oriente viram aparecer o sol com uma cor forte; radiava luz em todas as direcções e não conseguiam olhar directamente para ele. Voltaram a olhar para oriente e viram aparecer a Lua. Ao princípio os dois deuses resplandeciam com igual intensidade, mas um dos deuses presentes atirou um coelho à cara do deus rico e desta maneira diminuiu o seu brilho. Todos ficaram quietos; depois decidiram morrer para assim dar a vida ao Sol e à Lua. Foi o Vento que os matou e que em seguida começou a soprar, fazendo deslocar primeiro o Sol e mais tarde a Lua. Por tudo isto é que o Sol nasce durante o dia e a Lua mais tarde, durante a noite.

Mais imagens:





Fontes: Wikipedia e setemalas.com.br

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