Uma zona do chamado “Vale da Morte”, na Califórnia (EUA), é o lar de um estranho fenômeno: as pedras da paisagem parecem se mover por conta própria, deixando para trás longas trilhas no chão de argila rachado.
Estas peregrinações minerais confundem os cientistas há mais de cinco décadas. Ninguém nunca viu as pedras realmente se movendo, mas elas devem se mover, porque as rochas locais, e as trilhas que elas deixam atrás de si, mudam de posição ao longo do tempo.
A maioria das pedras errantes é, aproximadamente, do tamanho de uma garrafa de refrigerante de um litro, mas são muito mais pesadas. Ou seja, não se pode esperar que rochas de nove quilos deslizem pelo chão com muita facilidade.
Elas se deslocam cerca de 4,5 km, e quase 2 km de diâmetro. As teorias mais malucas envolviam hipóteses de que os alienígenas é que estavam movendo-as, ou campos magnéticos, ou ainda os estudantes engraçadinhos da Universidade de Nevada, em Las Vegas. Mas isso não é plausível, porque se alguém estivesse empurrando-as, haveria marca de pegadas.
Agora, cientistas estão perto de desvendar esse mistério desértico. Um tempo atrás, um grupo de estagiários da NASA encarou a missão de estudar o fenômeno. Além de coletar medidas de GPS e uma infinidade de outros dados, os alunos recuperaram instrumentos que haviam sido enterrados no solo três meses antes, para medir umidade e temperatura, por exemplo.
Os estagiários planejam publicar um livro este ano apresentando seus resultados, que até agora parecem apoiar uma teoria atual que, durante os meses de inverno, formam-se gelo em torno das rochas, o que lhes permite deslizar sobre a superfície congelada do deserto.
Os dados recolhidos indicam que o local estava molhado e frio o suficiente durante o inverno para formar gelo. Segundo os pesquisadores, isso prova que algumas das condições exigidas para mover essas pedras foram cumpridas. É muito claro que essas rochas são ajudadas pelo gelo de algum modo. Alguns investigadores acreditam ainda que as plantas locais também podem desempenhar um papel.
Segundo os cientistas, estudar este local não só ajuda a resolver os mistérios do nosso próprio planeta, mas também a compreender melhor as condições de outros mundos. Os pesquisadores pretendem comparar as condições meteorológicas da região com as de perto de Ontario Lacus, um vasto lago de hidrocarboneto líquido na lua Titã, de Saturno.
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Isso é muito estranho .. se não for algo magnético talvez seja algo que não faz parte do nosso planeta . Deviam colocar cameras por lá e tentar encontrar uma resposta concreta . @luancrvasco_
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