Que jogue a primeira pedra quem nunca reclamou da letra de um médico! Seja o farmacêutico, a recepcionista de um laboratório e principalmente você, não é verdade?
A caligrafia dos médicos é motivo frequente de comentários, tanto de pacientes quanto de outros profissionais. Alguns médicos não são sequer capazes de entender o que eles mesmos escreveram! Talvez pela falta de tempo - muitos acabam prescrevendo os medicamentos mais rápidos.
Alguns "garranchos médicos" podem até alterar a prescrição que é passada aos pacientes, seja o nome de um medicamento ou até um exame que deveria ser feito. Mas será que isso é apenas um mito? Por que os médicos têm a letra feia? A partir de pesquisas, conheça os verdadeiros motivos!
Você já reparou que mesmo ilegível, a letra de um médico não se parece com a letra de outro? Segundo pesquisas, só em 2007, o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas registrou 1853 casos de intoxicação por erro de administração (remédios ou doses erradas). Isso mesmo! E desses, estima-se que 10% sejam pela má caligrafia dos médicos.
Para a Associação Médica Brasileira, a letra ilegível vem da faculdade. Alguns pesquisadores afirmam que os estudantes têm de anotar muitas coisas rapidamente durante quase 10 anos de formação. Mas em contrapartida, não há caligrafia que resista. Apesar de muitos comentários maldosos, alguns médicos se manifestam e afirmam que a caligrafia ruim não faz parte do currículo de uma faculdade de Medicina.
Além disso, de acordo com Marília Cristina Milano Campos, secretária geral do CRM (Conselho Regional de Medicina) do Paraná, 80% dos médicos têm letra legível. Já outros médicos afirmam que somente os professores escrevem bem. Será mesmo?
Há pelo menos 35 anos, o governo criou uma lei federal proibindo médicos de escreverem de forma não legível nas receitas. Além da lei, existe um decreto federal e um artigo no Código de Ética Médica que obrigam todos os profissionais a deixarem claro o que está escrito na receita.
O não cumprimento dessa prática pode causar punições e mesmo a cassação do médico e do farmacêutico que vender o medicamento errado por causa de má interpretação, segundo o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Federal de Farmácia. Mas será que os pacientes vão atrás de seus direitos?
A prática foi condenada pelo Conselho Federal de Medicina em seu novo Código de Ética Médica. O médico pode sofrer até cinco penas. Uma advertência confidencial, censura confidencial restrita ao prontuário médico, ser julgado pelo conselho, sofrer censura pública divulgada no Diário Oficial e no jornal de circulação do conselho em que ele é inscrito e, com isso, sofrer suspensão do exercício profissional em 30 dias, ficando proibido de exercer a profissão e até sofrer a cassação do exercício profissional.
Mas só se chega a esse ponto se houver denúncia formal contra o médico feita na sede do conselho regional de medicina do Estado onde mora o paciente e onde o médico atua ou por e-mail. Isso ajuda a prevenir erros de prescrição pela má caligrafia dos médicos, que podem ser totalmente prejudiciais para algum paciente. Só resta saber se essa lei funciona na prática.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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