Do alto da Serra da Mantiqueira, as cristas se tornaram abrigos de atiradores, as encostas receberam ninhos de metralhadoras e os sopés suportaram plataformas para os disparos de canhões e morteiros. As montanhas entre Minas Gerais e São Paulo transformaram-se em campo de uma guerra civil em 1932, com batalhas que duraram de 9 de julho a 2 de outubro daquele ano, entre os paulistas, que não aceitavam o golpe de Getúlio Vargas, responsável pela derrubada do presidente Washington Luiz, e os mineiros, que se alinharam com o governo federal provisório.
Os embates envolveram cerca de 100 mil soldados federais, sobretudo mineiros, e 60 mil revolucionários de São Paulo, tendo o número de mortos sido calculado em 2 mil paulistas e 1.050 do lado federal. Procurando ainda por estruturas manchadas pelo sangue dos combatentes naquelas serras, a reportagem do Estado de Minas chegou ao Túnel da Mantiqueira – uma passagem de quase um quilômetro de extensão sob a Garganta do Embaú, entre Passa Quatro e Cruzeiro (SP), ponto em que as duas forças se entrincheiraram.
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