18 de abril de 2013
Descobertos dois novos planetas possivelmente habitáveis
Astrônomos descobriram dois novos planetas extrassolares que têm mais chances de serem habitáveis do que todos os mais de 800 já confirmados até agora. Batizados Kepler-62e e Kepler-62f, eles são os mais afastados em um sistema de cinco planetas na órbita de uma estrela a 1,2 mil anos-luz de distância. Ambos planetas são pouco maiores do que o nosso, 40% e 60%, respectivamente, e estão dentro da chamada zona habitável de sua estrela, isto é, nem perto nem longe demais de forma que possam ter água líquida em sua superfície, condição considerada necessária para o surgimento ou manutenção de vida.
Os dois planetas foram detectados pelo telescópio espacial Kepler, que desde 2009 observa continuamente cerca de 170 mil estrelas em uma pequena região do céu entre as constelações de Lira e Cygnus em busca de sinais da presença de planetas. Dotado de um fotômetro hipersensível, o Kepler consegue medir as ínfimas variações no brilho das estrelas provocadas pelo chamado trânsito dos planetas, ou seja, quando eles passam em frente à sua estrela do ponto de vista da Terra. Com isso, os cientistas podem calcular não só o tamanho como o período orbital e a distância que os planetas orbitam a estrela.
No caso do Kepler-62e, o planeta completa uma volta em torno da estrela a cada 122 dias, a uma distância média de 59 milhões de quilômetros dela, enquanto o “ano” do Kepler-62f dura 267 dias, com uma órbita que o mantém a uma média de 104 milhões de quilômetros de distância. E embora estas distâncias sejam menores que a da Terra ao Sol (em média 150 milhões de quilômetros), sua estrela é um pouco menor e mais fria que a nossa, o que faz com que recebam menos energia e não sejam tão quentes como, por exemplo, Vênus, que orbita o Sol a uma distância média de 108 milhões de quilômetros.
- Há uma boa chance de que pelo menos um destes planetas seja rochoso - diz William Borucki, chefe da missão Kepler na Nasa e principal autor de artigo sobre a descoberta, publicado na edição desta semana da revista “Science”. - Estes dois planetas são os melhores candidatos a serem habitáveis que temos até agora. Localizados nesta zona verde entre o fogo e o gelo, eles não estão nem muito perto de sua estrela para serem muito quentes, nem muito longe para serem muito frios.
E embora reconheçam que os dados não os permitam afirmar que ao menos um ou até os dois planetas são de fato rochosos como a Terra, os astrônomos acreditam que as chances disso são grandes devido ao seu tamanho. Do tipo popularmente conhecido como “super-Terra”, ambos têm dimensões menores do que outros planetas extrassolares já confirmados que puderam ter sua massa - e consequentemente a densidade que indica serem rochosos ou gasosos como Netuno - calculada por outros métodos de detecção. O principal deles é conhecido como de velocidade radial e tem como base o “puxão” gravitacional dado pelos planetas enquanto orbitam uma estrela, o que faz ela ter uma oscilação que pode ser observada.
Segundo Borucki, não é possível usar o método de velocidade radial para saber a massa dos dois novos planetas por diversas razões. Primeiro, há o problema da grande distância em que se encontra o sistema, o que dificulta observar a oscilação da estrela. Além disso, ambos os planetas são pequenos demais e estão longe demais da sua estrela para provocar uma oscilação significativa o bastante para ser detectada a esta distância.
- Simplesmente hoje não temos como medir a massa destes planetas - admite.
Outras incógnitas quanto à habitabilidade dos dois planetas e de vários outros parecidos com eles vão demorar a ser resolvidas. Atualmente não existem telescópios poderosos o bastante para saber se estes corpos extrassolares têm atmosfera e qual seria sua composição, muito menos para detectar água na sua superfície.
Fonte: http://oglobo.globo.com/ciencia/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Marcadores
2020
Abell 1689
Acidentes
África
AIDS
Alemanha
Alquimia
Animais
Ano Novo
Antártida
Anunnakis
Aplicativos Internet Grátis
Aquecimento Global
Argentina
Arqueologia
Arqueologia Proibida
Astronomia
Atlântida
Austrália
Aviação
Bizarro
Boatos
Bomba
Boriska
Brasil
Bruxaria
Bulgária
Canadá
Canibalismo
Cavernas
China
Chupa-Cabra
Cidade Fantasma
Civilizações
Codex Gigas
Combustão Espontânea
Comunicados e Atualizações
Conselho dos Nove
Conspirações
Contos De Terror
Coronavírus
Criaturas
Croácia
Crop Circles
Curiosidades
Deep Web
Dengue
Descobertas
Desmascarando a Bíblia
Dinossauro
Documentários
Doenças
Drogas
Druidas
Duendes
Economia
Egito
El Dorado
Elemento 115
Espiritualidade
Esquizofrenia
EUA
Fantasmas
Filmes
Fim Do Mundo
Física
Fobias
Fractais
Geologia
Gigantes
Grande Grimório
Gravidez
Guerras
HAARP
Hacker
Halloween
Hipnose
História
Holanda
Ilha De Páscoa
Illuminatis
Ilusão de óptica
Indonésia
Inglaterra
Internet Grátis
Inutilidades
Invenções
Irã
Israel
Itália
Japão
Kryptos
Lago Vostok
Lao Tsé
Lemúria
Lendas
Linhas de Ley
Listas
Livros
Lobisomem
Lua
Lugares Assombrados
Maconha
Magia
Magia Negra
Marte
Massacre
Medicina
Meditação
Melhores Posts
Melquisedec
Memória Akáshica
Merlin
Meteorologia
México
Missing Time
Mistérios
Mitologia
MKUltra
Monstros Marinhos
Mundo
Música
Natal
Natureza
Navio Fantasma
Nazismo
Nibiru
Notícias
Nova Zelândia
Origens
Os Mundos Habitados
Paleontologia
Paquistão
Paranormal
Páscoa
Peru
Pirâmides
Polônia
Popocatépetl
Postagens do Facebook e Twitter
Psiphon
Religião
Rússia
Saturno
Sexta-Feira 13
Sobrenatural
Sociedades Secretas
Sol
Sonho Lúcido
Stonehenge
Tags
Tatuagens
Tecnologia
Teorias
Terra
Terra Oca
TOC
Triângulo das Bermudas
Ufologia
Viagem Temporal
Vídeos
Vimanas
Xamanismo
E o consigo abaixar isso para imprimir ?
ResponderExcluirNossa muito legal adorei, eu creio que há vida em outros planetas sim!Pois o universo não se resume apenas na nossa galaxia e sim em varias outras!
ResponderExcluirVários bilhões de galáxias...
Excluir