4 de abril de 2021

O Mistério de Mary Celeste - O Navio Fantasma


O Mary Celeste (Marie Céleste) foi um bergantim mercante anglo-americano famoso por ter sido descoberto em 04 de dezembro de 1872 no Oceano Atlântico, vazio e aparentemente abandonado (faltava um bote salva-vidas além dos sete tripulantes), apesar de o tempo estar bom e sua tripulação ser formada por marinheiros experientes e habilidosos.

O navio estava em ótimas condições de navegabilidade, e ainda com velas levantadas, navegando em direção ao Estreito de Gibraltar. Ele já estava no mar por mais de um mês, e ainda tinha suprimentos para mais seis meses. O compartimento de cargas estava praticamente intocado, e os pertences da tripulação também estavam no navio, incluindo peças de valor. A tripulação nunca mais foi vista, e o seu desaparecimento é até hoje considerado um dos maiores mistérios marítimos de todos os tempos.

A pergunta do porque da tripulação do Mary Celeste ter desaparecido alimenta muitas especulações até hoje. As teorias variam de causas naturais (vapores de álcool, maremotos, tromba d'água) a ações humanas (ataque de piratas, motim) passando até por eventos sobrenaturais (envolvimento extraterrestre, monstros marinhos).

No dia 7 de novembro de 1872, sob as ordenens de do capitão Benjamin Briggs, uma carga de barris de álcool, despachada pela Meissner Ackermann & Coin, foi carregada no navio, zarpando da Ilha de Staten, Nova York, com destino a à Gênova, na Itália. Além dos sete tripulantes, o navio também levava mais duas passageiras, a mulher e a filha do capitão, de dois anos. Briggs havia passado a maior parte da sua vida no mar, tendo capitaneado pelo menos cinco navios, e sendo dono de muitos outros. A tripulação dessa viagem incluía um dinamarquês e mais quatro alemães, todos eles fluentes em inglês, com registros exemplares comprovando suas habilidades. 

O imediato e o cozinheiro eram americanos. Antes de partir, o capitão Briggs teve com encontro com David Morehouse, capitão do navio canadense Dei Gratia, que faria o mesmo percurso que o Mary Celeste alguns dias mais tarde, passando pelo Estreito de Gibraltar em direção ao Mediterrâneo.

Dias mais tarde, os tripulantes do Dei Gratia avistaram um navio aparentemente à deriva. Ao se aproximaram, notaram que o navio era o Mary Celeste. O capitão Morehouse, intrigado com o fato do Mary ainda estar por ali, resolveu apenas observar o navio por horas. Os tripulantes chegaram à conclusão que o navio realmente estava à deriva, já que havia assegurado não haver pessoas nem no deque e nem no leme. O Mary Celeste ainda estava com a vela levantada, ainda navegando de forma irregular, e dirigindo-se lentamente em direção ao Estreito de Gibraltar, mas não apresentava nenhum sinal de socorro.

Tripulantes do Dei Gratia abordaram o Mary Celeste, descobrindo que o navio se encontrava completamente vazio, e que estava cheio de água, com apenas uma das bombas funcionando, e duas terem sido, aparentemente, desmontadas. Mesmo assim o navio não estava afundando. Muito pelo contrário, ele ainda se encontrava com plenas condições de navegabilidade. Os pertences dos tripulantes ainda se encontravam nos alojamentos e a carga de 1.701 barris estava quase intacta, menos nove barris que estavam vazios. 

Quase toda a documentação referente ao navio e à viagem haviam desaparecido, restando apenas o diário de bordo. O relógio não funcionava e a bússola havia sido destruída, o sextante tinha desaparecido. O único bote salva-vidas do navio também tinha sumido. Uma corda, talvez a adriça principal, foi encontrada amarrada ao navio muito fortemente e na outra extremidade, muito desgastada, flutuava na água, fora do navio.

Os tripulantes do Dei Gratia levaram o Mary Celeste até Gibraltar, onde a corte do vice-almirantado britânico permitiu o pagamento do seguro à tripulação, como salvadores do navio. Porém, o procurador-geral responsável pelo inquérito, Frederick Solly Flood, por muito tempo suspeitou que algum crime tinha sido realizado ali, mesmo nunca tendo conseguido provar. 

Depois de mais de três meses, sem encontrar fortes evidências de crime que ligassem o Dei Gratia ao Mary Celeste, o pagamento foi liberado mas a tripulação recebeu somente um sexto dos 46.000 dólares do seguro do navio e de sua carga, mostrando que as autoridades nunca se convenceram totalmente da inocência da tripulação do Dei Gratia.

Após ser recuperado, o navio foi usado por muitos anos, passando por vários donos. Em 1885, o Mary Celeste foi intencionalmente destruído ao se chocar na costa do Haiti, quando o seu último dono tentou fraudar o seguro.

Fonte: Infoescola

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